Friday, October 26, 2007

Lado a lado.

Uma sala que se falasse, teria muitas histórias para contar.
Umas paredes que já viram Reis, Nobreza, Presidentes da Republica, revoluções, não podem ser só paredes. Muito mais que isso.
O coliseu engalanou-se para ficar lado a lado.
O coração esse, batia à velocidade das cordas da guitarra do João, ou com o vibrar da voz da Mafalda, acelarado.
As palmas essas, eram poucas.
Seriam sempre.
No final, um abraço especial à medida que o coliseu ficava para trás.

Eu tinha um professor que dizia que o melhor resumo, era sempre incrivelmente curto.
Por isso,
perfeito parece-me pouco.



lado a lado.

Sunday, September 30, 2007

Marcha do caloiro!

Chega à Universidade
Julga-se aluno também
Acredita de verdade
Que um dia será alguém.

Grita, rasteja, suplica
Já nem consegue dormir
Quando a vida se complica
Pensa mesmo em desistir.

Não deixes de tentar caloiro
Tu tens que aprender
Que a vida de Estudante
Também é saber sofrer
Vais ver darás valor
Áquilo que te custa a ter
Caloiro hás-de ser gente
Nem que tenhas de morrer.

Deves ter sempre um sorriso
Mesmo que te embargue a dor
Saber sofrer é preciso
Se um dia queres ser doutor.

Que alegria transbordante
Na faculdade ver-te entrar
Dirás: "Mãe eu sou estudante!"
Ai caloiro o que vais penar.


Caloiro és:Feio,
Burro, Verme,Imundo,
Porco, Inútil, Boi, Cornudo
,Chato, Pestilento e Rameloso.
És também:
Cabeçudo, Carrancudo, Desdentado,
Orelhudo, Trinca-Espinhas,
Asno e Asqueroso.

Saturday, September 22, 2007

mega festa do caloiro 2007

Para nos darem as boas vindas, dizem eles.
Organizam estas coisas para fazerem mal às coliritos indefesos.
Mas por mim, tudo bem.

PROGRAMA - MEGA FESTA DO CALOIRO 2007 - PARQUE DAS NAÇÕES

Dia 26 de Setembro - quarta-feira
21h00 Abertura com a “Chuva de Tunas”
22h00 Meia-final da “Miss e Mr Caloiro”
23h00 Palco Mega FM: “EZ Special”

Dia 27 de Setembro- quinta-feira
21h00 Abertura com “Chuva de Tunas”
22h00 Palco Mega FM: ”One Sun Tribe”
23h00 Final da “Miss e Mr Caloiro”
00h00 Palco Mega FM: “Soulbizness”

Thursday, September 20, 2007

P'ra lá do sado!..

Quizemos-nos despedir da praia: do seu vento, do seu sol, da sua paisagem...
A companhia não podia ser melhor.
Por entre um comboio e uma barco, chegá-mos à terra prometida.
Podiam partir todo o seu interior, parecia que nada estava de pé.
Mas a beleza, essa estava lá, porque vale pela sua paisagem.
A água, essa, deu para ver a verdade: há alguem que é cada vez mais rato, e cada vez menos homem - por entre um mergulho, que ainda me refresca o espírito só de pensar.
E, por fim, quando os nossos corpos já estavam a meio do rio porque a alma tinha ficado lá a descansar, o sol também piscou o olho em jeito de despedida.
Até já.
E obrigado.

Friday, September 14, 2007

Presépio de lata

Às vezes ouço a minha irmã chorar.
Porque o Noddy teima em não saltar para dentro da Tv.
Porque o mano lhe fez uma maldade.
Porque se portou mal.
Ou, ironia do destino, porque amanhã tem de ir para a escola e não lhe apetecia nada.
Do outro lado da parede (ou será do outro lado do mundo?!) os motivos oscilam um bocadinho.
Mas nisso, invejo-a.

Thursday, September 13, 2007

Ups!..

Gosto de prespectivas animadoras, e segunda feira, sei o que me espera o resto da minha vida.
Consoante um valor, a que vulgarmente chamamos média, alguem decide o que vai ser a nossa rica vidinha.
Eu já nem espero saber onde fiquei, apenas onde me aceitaram.
Façam lá esse jeitinho, se faz favor!

Tuesday, September 04, 2007

Horas manifestamente impróprias

A luz do Sol está a dormir.
Há muitos minutos que dorme, por isso aposto que está quase a acordar.
Eu, como há muitos minutos que estou acordado, estou quase a ir dormir.
A noite está serena.
Não passa uma brisa, não passa um vento.
Não passa um transeunte, que nos suscita sempre aquele tremor quando nos cruzamos com ele: não porque ele seja mau, ou tenha mau aspecto - simplesmente porque é de noite.
Nada muda de lugar.
Sinto-me inexplicavelmente bem.
E se há algo que me gera algumas dúvidas, é o "inexplicavelmente".
Não que eu esteja triste com ele, mas apenas e só, porque é por sí, inexplicavel.
Apesar de me sentir sozinho, não me sinto mal por isso.
Apetece-me sorrir.
Aprendi sozinho que não devo ter medo de chorar, mas acima de tudo, que não devo de ter medo de mostrar o meu sorriso.

Monday, August 27, 2007

Parabéns Nelson Évora


Friday, August 24, 2007

eu nunca dei um passo, que fosse o correcto...

eu nunca fiz nada, que batesse certo!...

Thursday, August 23, 2007

Auto-de-fé

Diz-me porque é que tens que fazer o que é suposto ser
correcto,se toda a gente à tua volta disfarça o afecto/
Essa máscara que tu usas pode dar bom aspecto,
mas na melhor das hipóteses só revela falso intelecto/
Eu sei que foi assim que te ensinaram a viver,
não me venhas dizer que é assim que eu tenho que fazer/
Mostras um sorriso quando sentes tanta dor,
dizes que tá tudo bem, eu noto um tremor/
Nesses olhos mais expressivos do que mil frases,
vejo frustração em tudo aquilo que tu fazes/
Vives em função da opinião de alguém,
que provavelmente nem conheces muito bem/
Em 2000 anos de erros calculados,
o hábito não fez o monge, apenas homens falhados/
Crimes são perpetuados,
num mundo bem real onde não cabem anjos alados/
Essa moral que não praticas mas edificas
,há-de fazer contas contigo pelas vidas que complicas/
Pára para pensar no verdadeiro crime,
quando matas à nascença um sentimento tão sublime/
Como a semente de paixão que tanto negas,
se não praticas o que pregas, de que valem essasregras?/
Piadas de mau gosto para os teus colegas,
segue o coração, não a razão que não sossegas/

Tu só fazes - o suposto correcto,
pa dar um bom aspecto, a quem te vir/
Tu só me dás - a fé do teu voto,
mas no teu olhar noto, tu tás a mentir/
Tu és - frustração, não tens, um alicerce,
então, segue o coração e pensa no meu verso/
Tu és - o pecado, o amor é um vício que ofende,
então, volta ao início e aprende/

Tu és o palco do cinismo, és o falso moralismo, que eu calo,
és a censura que ainda atinge o teu alvo, antigo/
Diz-me o que é mau pra ti, que julgas o que eu pratico,
mas por trás, és capaz, de ser alguém que alguém critique/
Tu és o medo de uma escolha que não esconde nada,
no teu silêncio da vergonha que é condenada/
Por ti, ordenada por quem,
quando nada é assim, onde nada e ninguém/
Tão aplicados em ser perfeitos numa beauty shop,
tu escondes os defeitos, não és puro, és PhotoShop/
Tens atracção, pela traição, que é tão ingrata,
és um racista que ama a neta mulata, cresce/
O mundo é belo com cores então vai, goza,
sem o sorriso amarelo da revista cor-de-rosa, tá bem/
Não vivas em função da reacção, que tanto te empenha,
és um voto contradito em Espanha/
Venha, mais uma barriga prenha, tire a próxima senha,
e seja bem vindo à hipocrisia/
Que eu vejo no teu protesto, tu nem sabes quem és,
tu tenta lá ser honesto, o resto, do dia/

Tu só fazes - o suposto correcto,
pa dar um bom aspecto, a quem te vir/
Tu só me dás - a fé do teu voto,
mas no teu olhar noto, tu tás a mentir/
Tu és - frustração, não tens, um alicerce,
então, segue o coração e pensa no meu verso/
Tu és - o pecado, o amor é um vício que ofende,
então, volta ao início e aprende/

Yeah boy, tu és a hipocrisia em pessoa, man
tu és a verdadeira definição de contradição
vê lá se aprendes, man tens um espelho?
vai ao confessionário, man
Yeah

Friday, August 17, 2007

Talvez um final de dia igual a tantos outros: o Sol morre atrás de nós, e eu, pessoalmente, gosto de admirar.
Se isto for um jogo, não quero aprender a jogar.
Se perder, quero voltar sozinho para casa a chorar, deixando para trás talvez eu próprio, na esperança de um dia me reencontrar.
Se ganhar, quero abraçar o mundo e dizer a toda a gente, sem excepção, que estou feliz.

Wednesday, August 08, 2007

Ezspecial

já nada me inspira..

já nada me seduz!..

Tuesday, August 07, 2007

Lagos


Lagos.
Boas recordações, um sinónimo de revisited.
O resto? Fica para outra altura!..

Wednesday, August 01, 2007

quase... quase... quase...

Quando os olhos ficam vermelhos e grandes. Sai pelos olhos algo que apenas o coração consegue sentir. Assim, infinitamente.
Mas há algo que a faz voltar para trás. Uma música fraquinha, mas que teve esse dom.

Quando eu te vejo
Sinto saudade
Dos teus dias quentes
E de tempestade.
Para conseguir
Fazer-te feliz
Fico longe contigo.

[REFRÃO]
Segunda, passa o dia a correr
Chego a Terça-feira sem a conseguir ver
Quarta, há tanto para dizer
Acordo e ainda posso ver o dia nascer
Quinta, paro para pensar,
Como seria se vivesse noutro lugar?
Menina bonita, é sexta

E vamos vadiar
Não vai levar muito
Para seres capaz
De veres em mim
Mais do que um rapaz
Espero que não seja tarde demais
P'ra levar-te comigo...

Segunda, passa o dia a correr
Chego a Terça-feira sem a conseguir ver
Quarta, há tanto para dizer
Acordo e ainda posso ver o dia nascer
Quinta, paro para pensar
Como seria se vivesse noutro lugar
Menina bonita, é sexta

Só quero ficar
Todo o meu tempo,
Não estragar
Esse momento
Quando passas perto,
Tão perto de mim...
Segunda, passa o dia a correr

Chego a Terça-feira sem a conseguir ver
Quarta, há tanto para dizer
Acordo e ainda posso ver o dia nascer
Quinta, paro para pensar
Como seria se vivesse noutro lugar
Menina bonita, é sexta e vamos vadiar...

Segunda passa o dia a correr
Chego a Terça-feira sem a conseguir ver
Quarta há tanto para dizer
Acordo e ainda posso ver o dia nascer
Quinta, paro para pensar
Como seria se vivesse noutro lugar
Menina bonita, é sexta...
Quando eu te vejo
Sinto saudade
Dos teus dias quentes...

Tuesday, July 31, 2007

why?

Há 15 anos atrás, queria ser astronauta. Queria ir à lua, visitar e conhecer aqueles seres verdes, que sendo assustadores, suscitava em mim uma curiosidade capaz de me arregalar os meus pequenos olhos castanhos. Eu não sabia nada deles, apenas que presumivelmente viviam numa pequena caixa no quarto dos meus pais - televisão - e que tinham-me dito, viviam lá longe, no escuro do céu. Confesso que isto me deixava extremamente confuso.
Há 13 anos atrás, queria ser futebolista. Queria ter um estádio a chamar por mim, e eu de camisola vermelha vestida, marcar o golo decisivo e ser para sempre uma estrela. Recordarem-me cada finta, cada golo e cada lance - para que sempre que entrasse naquele estadio vermelho todos olhassem para mim - e os pais das crianças (como eu, na altura) que as levassem ao futebol, pegassem neles ao colo e sussurrassem ao ouvido dos filhos: "Aquele senhor foi um grande jogador do benfica!".
Há 10 anos, queria ser professor. Afinal, eles pareciam saber tudo. E eu, desculpem lá meus amigos, também queria saber tudo.
Há 7 anos, tomei consciência que isto não era bem como eu pensava. Não podia ser futebolista só porque gostava de jogar à bola, não podia ser astronauta só porque gostava de olhar para o céu, é já nem queria ser professor, porque eles afinal também não sabiam tudo. Percebi que os médicos não sabiam que mal tinhamos só de olhar para nós, nem os bombeiros apagavam fogos todos os dias.
O meu largo sorriso, fechou-se.
E se a 7 horas de dizer aquela senhora que hipoteticamente decide o nosso futuro o que quero fazer, e se disser que não sei? Como me ensinaram que quando temos dúvidas devemos sempre ir pela primeira opção, sou obrigado a chegar amanha ao pé daquela senhora sentada a uma secretária que olha para mim como olhou para os outros 3000 estudantes que já se sentaram em frente dela e digo: ainda posso ser astronauta, sffv?

Saturday, July 28, 2007

Dreams

Quando fora de mim tudo está escuro, e o mundo resume-se a mim próprio.
Quando o tempo corre.
Quando corro com ele, contra montanhas ou contra tudo aquilo que tiver de ser.
Quando faço aquilo que a vida aos trambulhões timidamente me pediu para fazer.
Quando a minha coragem é maior que a minha altura.
Quando no fim, olho para trás e consegui.
Quando o vento me diz o caminho e o mar sofre por mim.

Acordo.
Simplesmente, porque nada é assim.

Tuesday, July 17, 2007

what else?..


Obrigado a todos.
Porque me aturaram.
Porque sorriram cada vez que eu sorri.
Porque me acompanharam.
Porque escutaram cada palavra e no fim aplaudiram.
Porque disseram que eu era bonito.
Porque se riram depois de eu ter disto isto.

Wednesday, July 04, 2007

In between

Um final de tarde. Um caminho simples, de regresso a casa, a contemplar um sol que se preparava para dizer adeus. Ou um até já, não importa. O caminho esse hoje estava triste. Como ontem, antesdontem e nos outros dias todos. Surpreendi-me. Com o coração a bater debagarinho, sim, porque ele bate ao ritmo da música, esgotei-o.
Senti que as coisas passaram por mim, mas eu não passei por elas. Não as agarrei, não as meti junto ao peito para sentir o que me diziam, para perceber cada palavra, cada gesto, cada instante. Não consegui.
Simplesmente passei e vi o Sol. Simplesmente vi o caminho.
E mais nada.

Thursday, June 28, 2007

se ele cai vai-se partir!...

Podia escrever um post de 300 palavras para dizer isto.
Podia escrevê-lo numa parede.
Imortalizá-lo na lua.
Marcá-lo com lágrimas.
Escrevê-lo no peito.
Mas prefiro deixá-lo aqui, esperando que percebas que é para ti:
gosto de ti.

Monday, June 25, 2007

Where is the love?

Podia tentar ignorar que acordei a pensar em tí.

Sunday, June 10, 2007

12ºA

Boa noite a todos. A primeira imagem desta turma, na já longíqua apresentação, não foi fácil: eramos muitos e vinhamos de muitas escolas diferentes. Ao longo destes três anos, contruímos uma família. Uns saíram, outros entraram, e mesmo aqueles que hoje não estão cá connosco fazem parte dessa família. Eu acho que as coisas que fazemos ao longo da nossa vida devem de valer a pena, e hoje digo a todos os meus colegas que valeu a pena cada momento que passamos juntos, por isso levo-os comigo no meu coração. E queria que eles soubessem, que se a família fisicamente se desfizer hoje, ela continuará a existir dentro de cada um de nós. Uma palavra para os professores: também foi ao pé deles que crescemos, e que saímos da alfredo da silva mais homens e mais mulheres do que aquilo que entramos. Se assim é, devemos isso a eles. Falando em meu nome pessoal, gostaria de agradecer a todos os meus colegas terem-me aturado durante estes três anos, e que espero que tenham gostado tanto de me aturar como eu gostei de fazer parte deste grupo fantástico de pessoas que é o 12ºA.
Muito obigado a todos.

inforESAS

Uma primeira página para mais tarde recordar!

Tuesday, June 05, 2007

Uma noite.

Apresentação. Um, dois, três trabalhos, a um ritmo alucinante. À medida que os meus colegas iam esgotando os 15 minutos, a minha hora aproximava-se. Ao som de Xutos e Pontáptntei abstrair-me de tudo o que se passava à minha volta. Não sei se dentro, se fora de mim. Mas queria, essencialmente e só, abstrair-me de qualquer coisa.
Um retoque no microfone, um olhar. Não sei para quem olhei, mas tenho a certeza que não o ví. Ver com os olhos, isso ficava para outra altura.
Demasiados ouvidos numa sala, e uma voz que a cabeça teimava em não deixar fluir. Tarde demais para pensar, isso ficava para outra altura.
Já eram coisas a mais deixadas para outra altura. Não percebi se o palanque termia, ou se era eu. Não importava perceber.
Com o final da primeira intervenção, uma salva de palmas. Reconfortante.
Sentado, parecia perfeito. Eramos mais, invencíveis, talvez. Em cima daquele palanque, estavam todos contra nós. Não consegui vencê-los, juntei-me a eles.
No fim, uma homenagem para quem mercece. Obrigado.

Sunday, June 03, 2007

Terminal


No meio de uma multidão
e ainda assim,
sozinho.

Monday, May 28, 2007

Sinto falta.

De um abraço. De um beijo. De um olhar. que não dizendo nada, signifique tudo. De outro beijo. De uma pergunta, de uma conversa em que me limite a dizer tudo o que interessante e desinteressante se passou ao longo de um dia. De que aquele momento, durante aquele abraço, faça com que hoje, amanha, depois, não seja só mais um dia.
De ficar, parado, a ver-te partir. Mesmo que o saldo sejam só dois beijos, um abraço, dois dedos de conversa. De ouvir timidamente um pequeno "Amo-te" que me faça ver que vale a pena.
De ter o mundo dentro de mim, de abraçá-lo e de ser o seu rei, à medida que o meu coração bate, acelarado.
Sinto falta.

Saturday, May 26, 2007

Topo do mundo!

Um final de tarde, um por do sol. Mais que suficiente.
Um pensamento. Uma música.
Uma letra.
Eu.
Sorriso. Que mais?
Tu.
Num imenso abraço à alma, que aperta o coração.





Duarte Rosado - Leva-me para longe




Olho para tudo e tudo me faz chorar
Deixas-me mudo já não posso mais falar
Sei que estás confusa mas isso é normal
Para mim és uma musa, alguém muito especial
Já não te vejo há um dia para mim pareceu-me um mês
Já te disse o que sentia agora é a tua vez
Deixa-me voar quero sair daqui
Quero estar no teu lugar queria-te ter só a ti
Em ti estou seguro daqui não vou sair
Nem que atravesse o muro com o risco de cair
Não me largues mais eu não te quero perder
Tens de voltar ao cais que eu sem ti não sei viver
Já senti a plenitude não importa o que tinha feito
Eras a minha virtude nunca foste o meu defeito
Digo-te o que sinto não pareces entender
É verdade eu não minto tenho mesmo que te ver
Leva-me contigo na palma da tua mão
Que eu já não consigo pisar mais este chão
Leva-me para longe que eu não consigo andar
Quero estar contigo teu mundo é meu lugar
Acabaram-se as palavras que saíam de ti
Estivesses onde estavas eu sentia-te em mim
Abraça-me uma vez e outra a seguir
Abraços já são três já te estou a sentir
Não te quero enganar sentia-me tão bem
Quero-te olhar eu sem ti não sou ninguém
Podes prender-me em ti podes voltar a gostar
Diz-me o que é que fiz que eu tento mudar
Não suporto ver-te assim tu sentes-te culpada
Ponho a culpa em mim acho que foste pressionada
Tenta perceber não te sintas mal
Tenho que dizer que tudo em ti é especial
Uma pagina rasgada e arrancada pelo vento
Não penso em mais nada não me sais do pensamento
Estás em todo o lado nas paredes e no mar
Não quero ficar parado não te quero largar
Passa a noite e o dia sem que os sinta a passar
Tudo o que eu queria era o tempo a parar
Ficava sozinho talvez a pensar demais
Mas talvez é um caminho para atingir meus ideais
Leva-me contigo na palma da tua mão
Que eu ja não consigo pisar mais este chão
Leva-me para longe que eu não consigo andar
Quero estar contigo o teu mundo é meu lugar
Acabaram-se as palavras que saíam de ti
Estivesses onde estavas eu sentia-te em mim
Abraça-me uma vez e outra a seguir
Abraços já são três já te estou a sentir
Leva-me contigo na palma da tua mão
Que eu já não consigo pisar mais este chão
Leva-me para longe que eu não consigo andar
Quero estar contigo o teu mundo é meu lugar
Acabaram-se as palavras que saíam de ti
Estivesses onde estavas eu sentia-te em mim
Abraça-me uma vez e outra a seguir
Abraços já são três já te estou a sentir

Friday, May 25, 2007

A palavra, tema para Sassetti

a caminho da essencia eu verifico a cadenciada
materia que se mostra mim livre de regencia
mato a dor de sentir demais, de amar demais, de pisar demai
sem convençoes fundamentaisencho a cabeça mas n ha' carga nos contentores
digo ola' aos meus amores, benvidas novas cores
da utopia eu crio a filosofia todo o dia quando a apatiasenta no meu colo e arrelia
eu faço a liturgia da verdadeira alegria
musica nos meus ouvidos agua benta em benta pia
a caminho com prudencia eu nao esqueço a violencia
que levou alguns dos melhores da minha existencia
mata a saudade de curtir demais,de tirar demais, de pisar demais
em convençoes fundamentais
eu uso o tacto pra tazer a agua da minha fonte
hoje em dia nem sequer preciso de atravessar a ponte
tenho a palavra escrita a tinta negra na minha pele
menina dos meus olhos, doce como o mel
palavra puxa palavra poe.me disponivel pra amar
tudo aquilo que me seja sensivel
e nao sao poucos aqueles que eu quero sem querer os poder ver
foi tanto o que me deram para nunca mais esquecer
palavra de honra, guardo a a palavra no meu bolsona parede,
no conforto de uma cama de rede
PALAVRA DE HONRA

Esclarecimento

Mário Lino justifica-se a esta hora no jornal da RTP1, perante josé Rodrigues dos Santos, e pior que isso, os portugueses. Já me virei para o computador para escrever este post, pois acho que já ouvi tudo o que tinha a ouvir.
Demita-se.

Wednesday, May 23, 2007

Directamente do "deserto"

O Ministro das obras públicas, disse, esta tarde, num almoço promovido pela ordem dos Economistas para falar sobre a OTA, que a Margem Sul é um "deserto", não existindo, segundo o Mário Lino, "escolas e hospitais" nesta zona do país.
Acho que deixar só o primeiro parágrafo deste texto, diria tudo. Mas mesmo assim, vou dar-me ao trabalho de comentar esta afirmação.
O desenvolvimento da margem sul é notório. Tem das maiores superfícies comerciais do país e tem igualmente alguns dos maiores projectos de desenvolvimento de transportes. Almada, Barreiro, Seixal, Montijo, são importantíssimos centros urbanos, onde milhares de pessoas migram diarimente para exercerem a sua actividade laboral para lá do rio que nos separa da capital. O crescimento populacional, fez com que as pessoas à alguns tempos atrás procurassem viver para fora de lisboa, em sítios de acesso fácil a lisboa (onde tinham os seus empregos) mas habitações relativamente mais baratas. E foi assim que estes centros cresceram e se desenvolveram exponencialmente, sendo hoje das áreas mais populosas do país. Inclusivamente o Barreiro, que durante tantos anos teve um importantíssimo pólo industrial, a Quimigal.
Um fraco conhecimento da realidade, burrice, improdência, não sei de como pegar para "justificar" estas palavras. Agora, que seja tomada uma posição por parte da junta metropolitana de Lisboa, presidida pelo autarca do Barreiro, Carlos Humberto. Exigimos uma explicação, um pedido de desculpas ou um esclarecimento. E penso que estamos disponíveis para mostrar ao Sr. Ministro, a Margem Sul.

Sunday, May 20, 2007

Outras modalidades



Telejornal.


Desporto.


Abertura: "Zoro no SL Benfica".

2ª notícia: "Feranndo Santos convoca todos os jodgadores disponiveis para o embate com a Académica".

3ª notícia: "Paulo Bento ainda acredita no título".

4ª notícia: "Jesualdo Ferreira confiante na conquista do ceptro nacional".

Bem, qualquer pessoa seria tentada a pensar que nada de importante se passava no mundo do desporto português. Falaram os técnicos dos três grandes - que diga-se, diariamente têm o seu tempo de antena nos telejornais - e o povo estava satisfeito. Mas eis que, ironicamente por acaso, a 5ª e a 6ª notícia falam da campeã europeia Vanessa Fernandes, esta tarde, na Hungria, na categoria de Duatlo, e a campeã mundial mundial de Judo, Telma Monteiro, que esta tarde elevou o nome de Portugal, imagine-se, no pavilhão do Estádio da Luz.
Isto soa-me a vergonhoso. Cada vez mais, a nossa imprensa descridibiliza todo e qualquer trabalho que heroicamente, os nossos atletas de outras modalidades, fazem em prol de Portugal. Os jornais, cada vez mais, são sensanionalistas no sentido em que dizem aquilo que as pessoas querem ouvir. E basta olharem para o currículo de uma atleta como a Vanessa Fernandes e verem quantas vezes a bandeira de Portugal já subiu às custas dela. Pode ser muito pouco, mas obrigado às duas!






Tuesday, May 15, 2007

What else?

I was bor to tell you: "I love you!"

Monday, May 14, 2007

Lição número 1...

A modéstia é uma das minhas inúmeras virtudes!

Livro. Página. Trevo. Coração. Coldplay.

Coldplay. Leve, vazio, reconfortante. O ideal.
Estes domingos à noite deixam-me sempre um pouco estranho. Numa agenda revirada de corações, reservo-me à futurologia da próxima semana. No meio dos livros, da escola, e todas aquelas obrigações que nos levam a maior parte do tempo útil, mas que estranhamente valorizam o tempo não-menos-útil, que reservamos para nós próprios. Espero esta semana, no meio de um livro qualquer, no meio de uma qualquer obrigação de que vos falei, encontre um trevo e um coração. O trevo que represente a sorte! O coração, que me encha de lágrimas, que me leve para lá de tudo o resto e que se traduza num beijo! Louco, dirão voces. O meu aceno com a cabeça confirma-o. Mas se é por acreditar que estas duas coisas estão ao virar da página de um livro, podem-me chamar louco à vontade. Esse é o preço de acreditar. Não perdia a esperança. Porque se o trevo e o coração não tiverem ao virar de uma página qualquer, para que me serve o livro?

Friday, May 11, 2007

Convite para a gala



Um convite. Uma gala. Um sonho.

100

Este é o post número 100 do Educação Visual.
E só por isso, merece um post. Por sinal, o numero 100. :)

Wednesday, May 09, 2007

You

Um olhar. Uma mão. Um sorriso. Um pensamento.
O mundo.

O que sou?

Podia ficar sem a minha cara e continuaria a ser eu. Podia perder o nome, a família, a casa. Tudo. E mais alguma coisa se poder ser. Mas cheira-me que continuaria a ser eu.
Porque eu não sou a minha cara. Podque eu não sou o meu nome, não sou a minha família, não sou a minha casa.
Sou simplesmente o que eu sinto e penso. E isso, não me podem tirar!

Tuesday, May 08, 2007

Convite para a gala à professora Angélica

Cara professora Angélica Ruela,

Obrigado. A vida é uma longa corrida que se nós olharmos para trás, ainda vemos a linha de partida, de tão jovens e inexperientes que somos. Mas a escola é isso mesmo, uma formadora de pessoas. Quando aqui entramos, podiamos ser comparados a uns bebés, que lição após lição, cresceram, aprenderam a falar e a caminhar, e preparam-se para enfrentar uma nova fase. Mas se hoje se andamos e falamos, muito devemos a quem nos levantava quando por vezes caíamos e nos encorajava a limpar as lágrimas e tentar voltar a andar, num relaccionamento de pessoas que as próprias leis da física e da química não se atrevem a tentar explicar. Por isso, que cada sorriso seja a marca do que ficou, e de agradecimento pelo que fez por nós. Que cada gesto represente cada momento, dos últimos três anos. E que a gala seja o culminar de tudo isso, que seja inesquecível.
E chamamos a professora Angélica aqui, para lhe perguntar, se nos quer apradinhar neste momento tão importante para nós, como a nossa gala de finalistas.


Muito obrigado,
A turma do 12º A.

Convite para a gala à professora Maria José

Cara professora Maria José,

Obrigado. Ao longo destes três anos, acompanhou-nos de perto e mais que nossa professora, foi nossa amiga. Deu vida à matemática, e num quadro “rigorosamente” planeado mostrou-nos verdades absolutas que ao longo desta vida teremos de saber resolver como um qualquer equação. E se nos maus momentos pedimos o seu auxílio, tudo o que queremos é que na nossa gala, momento tão importante e feliz para nós, nos acompanhe, nos olhe nos olhos e que a faixas representem uma troca de saberes que são mais que matemática. Que quando for chamada, e nos chamarem cada um de nós, um a um, pessoa por pessoa, tenha tanto orgulho em ter sido nossa professora como nós tivemos ao longo dos últimos três anos em termos sido seus alunos.
E agora, com o rigor que nos é conhecido: aceita ser nossa madrinha?


Muito obrigado,
A turma do 12º A.

Convite para a gala ao professor Pedro Mateus

Caro professor Pedro Mateus,

Obrigado. Do fundo do nosso coração, obrigado. Mostrou-nos em cada aula, em cada palavra, a magia da língua de Camões. Cada aula era um mundo cheio de coisas para aprender, não só da nossa gramática ou da nossa escrita, mas de cultura. Por isso, na nossa gala, que cada palavra sirva para recordar cada aula, que cada frase se torne inesquecível e que no futuro todos guardemos um sorriso. Na nossa vida todos somos um pouco das pessoas que encontramos, e o professor, será sempre um referência para nós, alguém que ajudou a crescer este grupo de alunos que hoje guarda em sí a certeza de que mais que um professor, ganhou um amigo.
E chamamos o professor Pedro aqui, para lhe perguntar, se nos quer apradinhar neste momento tão importante para nós, como a nossa gala de finalistas.
Muito obrigado,
A turma do 12º A.

Monday, May 07, 2007

SArkozy president

O rasto de destruição deixado por elementos da extrema-esquerda francesa ontem à noite, nas duas maiores cidades Francesas: Paris e Lyon.

Saturday, May 05, 2007

Salazar

O 25 de Abril foi, sem dúvida, o acontecimento político mais importante do nosso país, que só consegue ter um "pequeno" rival (e não tem nem de perto nem de longe o mesmo impacto) quando comparado à assinatura do Dr. Mário Soares, que em 1986 nos colocou na então "Europa dos 12", ou seja, na CEE, hoje União Europeia.
Nos nossos dias, 33 anos depois da revolução dos cravos, o símbolo do regime do Estado Novo, é considerado o "melhor português de sempre". e isto merece uma reflexão e que se tire conclusões. Há muitis portugueses que viveram a revolução de perto, sofreram com o antigo regime, e hoje contam histórias aos mais novos de como era quando o fascismo mandava. As torturas, as desigualdades, as dificuldades. Enquanto houver pessoas que sofreram com o Estado Novo, o 25 de Abril continuará a ser um dos poucos feriados com significado no nosso calendário.
O passado tem tendência para ser embelezado. Há uma tendência para se esquecer as coisas más, e sobressair as boas. E se havia muita coisa mal no Estado Novo, nem tudo era mau. Portugal, por ter saído mais tarde deste regime que alguns dos nossos colegas Europeus, como a Itália, a Espanha e a Alemanha, tem um número de apoiantes inferior, pois ainda está muito mais presente nos portugueses, que nos povos enumerados.
Ignorando o progresso e a mudança que a abertura das fronteiras e a globalização tiveram em todo o mundo, os defendores do regime cegamente "recordam" (e este recordam está entre aspas, porque ão de reparar que quem defende o regime geralmente são pessoas que não passaram por ele) a segurança e o respeito que supostamente havia. Mas este resultado, a vitória de Salazar merece uma pergunta: e quando o 25 de Abril for só mais um revolução, só mais um feriado como tantos outros e na rua já ninguem tenha sofrido directa ou indirectamente com o Estado Novo, será que regrediremos na história e o regime regresse? Num plano internacional, os grandes resultados de Le Pen nas anteriores eleições Francesas (nestas foram um fracasso) que significado têm, sendo ele a cara da extrema-direita partidária francesa?
Não faço futurologia. Mas que a descreça na democracia vai-se acentuando, lá isso vai. E é bom não esquecer que foi na França, co ma revolução liberal ("liberdade, igualdade, fraternidade") que se abriram os direitos de escolha ao povo, naquilo que é definido por democracia. Foi lá que foi lançada a primeira pedra da Democracia. Será lá que começará a sua destruição? Esperemos que não.

Sunday, April 29, 2007

Diário de um skin

A edição desta semana da revista VISÃO tem uma pequena entrevista a António Salas (nome fícticio) de o único jornalista espanhol que se conseguiu infiltrar no movimento Skinhead. Este jornalista lançou um livro que conta toda a sua experiência e foi best-seller de 2003 em Espanha. Ainda hoje vive escondido e não revela o nome - qualquer destas revelações pode-lhe vir a ser fatal. Este livro foi lançado esta semana em Portugal, pelas Edições Dom Quixote. Vou-vos acompanhando acerca das impressões que o livro me for deixando - "Diário de um skin" - um livro a não perder.




Notícia da Visão: http://visao.clix.pt/default.asp?CpContentId=333376

Livro: http://www.dquixote.pt/Livre/Ficha.aspx?id=1837

Friday, April 27, 2007

Principesco

"O essencial é invisível aos olhos"... e não se descreve com palavras!

Wednesday, April 25, 2007

25 Abril


Friday, April 20, 2007

Em andamento...

O pequeno tilitar das gotas de água a bater na janela do meu quarto estava-me a agradar, apenas interrempido por um barulho irritante de um despertador que insiste em nunca se atrasar uns minutos todas as manhãs. Lá tive de encher o peito de ar, fazer-me um Homem e enfrentar aquelas lágrimas que caiam com uma velocidade impressionante. A primeira impressão não me reservou nada de novo: a chuva parecia bem mais engraçada antes de eu ter de enfrentá-la. Juro que não sei o que fez com que as nuvens chorassem daquela maneira, mas que estavam tristes, a julgar pela quantidade de água, lá isso estavam.
Entre equações, Fernando Pessoa e uns tímidos sorrisos o dia lá foi passando. Um jogo de sueca e uma reconfortante vitória para animar. Meti as mãos nos bolsos e com um tímido assobio, resignado, lá me voltei a fazer à vida, com uma certeza: não era comigo que o céu estava chateado.

Tuesday, April 10, 2007

Hip Hop

Hip Hop português rima com éme dê guês
Rima com a pronúncia que troca os vês pelos bês
Com dificuldades, com luta e com coragem
Com preconceitos contra nós como desvantagem
Com ritmo, com versos, com multiculturalidade
Rima com pioneiros de uma nova sonoridade
Rima com tudo, porque hip-hop somos nós
Ele é a nossa vida e nós somos a sua voz.

A edição desta semana da revista VISÃO reserva um grande destaque da sua rúbrica "cultura" para uma reportagem acerca do hip hop feito e cantado em português. Não fala da história desta cultura, que nasceu como se sabe do outro lado do atlântico, mas fala das principais figuras no panorama do hip hop nacional. Fala das pessoas, dos artistas e do caminho que levou esta arte desde o velhinho "Rapublica" (primeiro album, editado em 1994) até aos dias de hoje com grandes sucessos (até mesmo comerciais, apesar do grande paradoxo que isto representa) como "Entre(tanto)" de Sam The Kid ou "Serviço Público", o último album de Valete.
O texto refere-se em tons elogiosos - justíssimos, na minha opinião - que esta arte tem feito ao defender a cultura portuguesa, mais concretamente a música em português. Esse é, aliás, o tema de "Poetas de Karaoke", talvez o maior exito do hip hop nacional de sempre. O referido artigo, defende esta forma de arte com unhas e dentes, valoriza a sua crítica, a sua diversidade e multiculturalidade - no fundo defende a sua génese e todo o seu produto.
O que se passa é que a maior dificuldade que esta cultura tem tido de se enraizar - não só em Portugal, mas um pouco por todo o mundo - passa pela crítica da opinião pública a quem o faz - artistas não instruídos, que geralmente habitam em bairros sociais e um pouco à margem da sociedade. Esta é, com frontalidade, o protótipo de um cantor de hip hop (MC) para a maioria das pessoas. Mas esta defenição, na minha prespectiva, peca por "cega". Um artista jamais pode ver a sua arte julgada apartir das características e dos defeitos ou vitudes de quem a faz: a sua obra é uma coisa, é uma criação, é um retrato, o mundo real e o dia-a-dia de quem a faz é outra. No fundo acaba por ser a diferença entre o Sujeito Poético e o autor - pouco ou nada têm a ver um com o outro. Mas exemplos disso na nossa cultura temos inúmeros: Fernando Pessoa também escrevia embriagado e nunca ouvi referirem-se a ele como "bêbado", mas sim como "artista" (e muito justamente) considerado um dos maiores vultos da nossa literatura.
E, como conclusão, proponho a todos que ouçam uma música deste género musical - escrito e cantado na nossa língua - sintam a sua crítica, a sua alegria, raiva e tristeza. E já agora, ouçam outra vez.

Saturday, April 07, 2007

Equipa de sonho!


...

O rumo deste texto é incerto. Ainda não lhe dei um título, ainda não lhe defeni um tema, ainda não lhe achei um tópico. Simplesmente apetece-me escrever. Às vezes dá-me esta pancada: escrever. E acreditem que não são assim tão poucas as vezes, mas nem todas são meterializadas, e a maior parte das que as são, acabam no fundo do balde que tenho aqui no meu quarto, a que se quiserem, eu deixo que chamem lixo. Às vezes não me apetece falar, ou apetece-me comunicar escrevendo - porque as palavras, como um dia alguém disse, leva-as o vento e, agora digo eu, a palavra escrita é intemporal. Já viram o que era se cada escritor em vez de escrever um livro o contasse? Se tivesse que contar a mesma história a todas as pessoas que à partida queriam ler o seu livro? Contar a mesma história a cada pessoa, com o mesmo detalhe, com o mesmo cuidado, enfim, exactamente a mesma história? Por isso, ele escreve-a e assim tem mais encanto - mas atenção, ele próprio está a contar a mesma história a todos os que quiserem ouvi-la, só que não da voz dele. Ele até pode desaparecer do nosso espaço físico, mas cem anos depois, ele ainda poderá estar a contar a mesma história, exactamente como saiu do punho dele desde aquela altura em que ele a quis contar.
Eu já desconfiava disto - esta história não nos levaria a lado nenhum. Mas a mim satisfez-me. E à minha vontade de escrever, também.

Wednesday, April 04, 2007

Lloret - Parte II


Legenda de esquerda para a direita:
Claudia - Dani - Raquel - Diogo - Tortas - Souto - Becas - Marques - Joana - Gonçalo - Patrícia

Lloret de Mar - Parte I


Legenda da esquerda para a direita:
Pipa - Zé - Tortas - Cláudia - Eva - Sónia - Becas - Brunelas - Dani - Mamede - Danone - Joana - Nuno Gil - Elisa - Margarida

Thursday, March 22, 2007

Um pouco de céu

Só hoje senti
Que o rumo a seguir
Levava pra longe
Senti que este chão
Já não tinha espaço
Pra tudo o que foge
Não sei o motivo pra ir
Só sei que não posso ficar
Não sei o que vem a seguir
Mas quero procurar
E hoje deixei
De tentar erguer
Os planos de sempre
Aqueles que são
Pra outro amanhã
Que há-de ser diferente
Não quero levar o que dei
Talvez nem sequer o que é meu
É que hoje parece bastar
Um pouco de céu
Um pouco de céu
Só hoje esperei
Já sem desespero
Que a noite caísse
Nenhuma palavra
Foi hoje diferente
Do que já se disse
E há qualquer coisa a nascer
Bem dentro no fundo de mim
E há uma força a vencer
Qualquer outro fim
Não quero levar o que dei
Talvez nem sequer o que é meu
É que hoje parece bastar
Um pouco de céu
Um pouco de céu

Wednesday, March 21, 2007

P'ra longe...

Ser jovem é mesmo assim. Os nossos sonhos guiam-nos todos os dias para um caminho que não sabemos muito bem qual é, nem sequer onde nos leva. Quantas vezes já não dei voltas ao mundo sentado na minha cadeira? Quantas vezes já não fiz desta cadeira um trono na qual eu seria rei e senhor? Não levo a mal a minha própria imaginação. Para ser sincero, gosto que ela não tenha nenhum sinto de segurança, porque viver é mesmo assim. Enquanto eu dominar o mundo aqui do meu quarto, enquanto eu for capaz de viajar na minha imaginação voltas e voltas e voltas, conseguirei dizer que sou um jovem.´Nós temos a fé, a vida, a esperança do nosso lado. Nem que seja só dentro da nossa cabeça. Mas que mal tem?
Hoje apetece-me viajar. Se me deixar levar, secalhar vai ser mais dificil parar. Mas isso também não me importa muito, porque quando regressar o meu corpo continuará sentado nesta longa cadeira preta, imóvel. O mundo, esse, continuará o mesmo. Mas é bom acreditarmos que podemos mudar o mundo. Eu acredito. Pelo menos, o nosso mundo.

Friday, March 16, 2007

Preto e Branco


Tatuagens

Em cada gesto perdido
Tu és igual a mim
Em cada ferida que sara
Escondida do mundo
Eu sou igual a ti
Fazes pintura de guerra
Que eu não sei apagar
Pintas o sol da cor da terra
E a lua da cor do mar
Em cada grito da alma
Eu sou igual a ti
De cada vez que um olhar
Te alucina e te prende
Tu és igual a mim
Fazes pinturas de sonhos
Pintas o sol na minha mão
E és mistura de vento e lama
Entre os luares perdidos no chão
Em cada noite sem rumo
Tu és igual a mim
De cada vez que procuro
Preciso um abrigo
Eu sou igual a ti
Faço pinturas de guerra
Que eu não sei apagar
E pinto a lua da cor da terra
E o sol da cor do mar
Em cada grito afundado
Eu sou igual a ti
De cada vez que a tremura
Desata o desejo
Tu és igual a mim
Faço pinturas de sonhos
E pinto a lua na tua mão
Misturo o vento e a lama
Piso os luares perdidos no chão


Uma outra, outra e ainda outra vez. Em cada olhar, em cada suspiro meu está um verso desta letra, desta canção. Posso ouvi-la horas que a ouvirei como se fosse sempre a primeira vez. Uma outra, outra e ainda outra vez!

Thursday, March 15, 2007

Cada lugar teu...

Sei de cor cada lugar teu
atado em mim, a cada lugar meu
tento entender o rumo que a vida nos faz tomar
tento esquecer a mágoa
guardar só o que é bom de guardar

Pensa em mim protege o que eu te dou
Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou
sem ter defesas que me façam falhar
nesse lugar mais dentro
onde só chega quem não tem medo de naufragar

Fica em mim que hoje o tempo dói
como se arrancassem tudo o que já foi
e até o que virá e até o que eu sonhei
diz-me que vais guardar e abraçar
tudo o que eu te dei

Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
e o mundo nos leve pra longe de nós
e que um dia o tempo pareça perdido
e tudo se desfaça num gesto só

Eu Vou guardar cada lugar teu
ancorado em cada lugar meu
e hoje apenas isso me faz acreditar
que eu vou chegar contigo
onde só chega quem não tem medo de naufragar

Tuesday, March 13, 2007

Conversa entre três "eu's"

Para que terras vai e donde vem?
Venho dos lados de Beja
A que distância!...
Tristeza ou alegria o traz?
Cansaço
Há doenças piores que as doenças
Mas que são dolorosas mais que as outras
Tenho uma grande constipação
E toda a gente sabe como a grandes constipações
Alteram todo o sistema do Universo
Ah nessa terra também, também
O mal não cessa, não dura o bem
Devo tomar qualquer coisa ou suicidar-me?
Nunca o saberei
Tem de pensar além da dor
Que é que me revela?
Mas – esta é boa! – era do coração
Quem to disse tão cedo?
A vida…
És melhor do que tu
Não digas nada: sê!
Estou lúcido e louco
Se ao menos endoidecesse deveras!
Estala, coração de vido pintado!
Que amor não se explica?
Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz
E te disse ao ouvido o que sentia?
Um momento… Dá-me ali um cigarro,
Do maço em cima da mesa de cabeceira
Continua… Dizias
Deus quis que a Terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Como a vida
(Neste momento entra em cena Alberto Caeiro)
Mestre, meu mestre querido!
Vida da origem da minha inspiração!
Que é feito de ti nesta forma de vida?
Tinha fugido do céu.
No céu tudo era falso
No céu tinha de ser sempre sério
E até com um trapo à roda da cintura.
O mistério das coisas, onde está ele?
Tens, como Hamlet, o pavor do desconhecido?
O mistério das coisas? Sei lá o que é Mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Que sabe o rio disso e que sabe a árvore?
E eu, que não sou mais do que eles, que sei disso?
Mas o que é conhecido? O que é que tu conheces,
Para que chames desconhecido a qualquer coisa em especial?
Não sei… Eu sou um doido que estranha a sua própria alma
Ali o azul do céu
E, se bem que seja obscuro
Sem o saber
Atrai e dói
Que te diz o vento que passa?
Não sei… eu perco-o… E outra vez regressa
Escuto-o… Ao longe, no meu vago tacto
Como uma onda de encontra à minha dor
E sorriste porque tudo te é fácil e inútil.
Se têm a verdade, guardem-na!
E a ti o que te diz?
Chama por mim, chama por mim, chama por mim…
O meu passado ressurge, como se esse grito marítimo
Fosse um aroma, uma vez, o eco duma canção
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira
Nunca ouviste passar o vento.
O vento só fala de vento
O que lhe ouviste foi mentira
E a mentira está em ti
Quem sabe o que isto quer dizer?
Eu não sei e foi comigo
Há muita coisa
Incompreendida…
Sim, eis o que os meus sentidos aprenderam sozinhos: -
As coisas não têm significado: têm existência
As coisas são o único sentido oculto das coisas
O que é o presente?
A criação do futuro…
Concordo em absoluto
Mas a minha imaginação recusa acompanhar-me
E de repente, mais de repente do que da outra vez, de mais longe, de mais fundo,
Ergo as mãos para ti, que estás longe, tão longe de mim
Ah, como eu pude pensar, sonhar aquelas coisas?
Não significam nada.
Tudo o que sonho ou passo
Não tem lugar, não tem verdade,
Atrai e dói
É uma coisa relativa ao passado e ao futuro
É uma coisa que existe em virtude de outras coisas existirem
Eu quero só a realidade, as coisas sem presente
Quem te disse ao ouvido esse segredo
Quem to disse tão cedo?
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu
Não acredito em Deus porque nunca o vi.
(Neste momento entra em cena Ricardo Reis)
A resposta está para além dos Deuses.
Homem, é igual aos deuses.
Só nós somos sempre iguais a nós próprios.
Sei a verdade e sou feliz.
Felizes, nós? Ah, talvez, talvez.
Triste de quem é feliz!
Penso com os olhos e com os ouvidos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Além disso, fui o único poeta da Natureza.
Tentemos pois como abandono assíduo
Entregar nosso esforço à Natureza.
Não: não quero nada.
Já disse que não quero nada.
Não me venham com conclusões.
A única conclusão é morrer.
Morre! Tudo é tão pouco.
Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.
Não me macem, por amor de Deus!
E assim a hora passa
Metafisicamente.
Tirem-me daqui a metafísica
Vão para o diabo sem mim.
Calma, também
Não vale a pena.
Não me peguem no braço!
E basta.
Faço-os calar: eu falo.
Estás só. Ninguém o sabe cala e finge
Mas finge sem fingimento.
Porque tão longe ir pôr o que está perto –
A segurança nossa? Este é o dia
Esta é a hora, este o momento, isto
É quem somos, e é tudo.

Sunday, March 04, 2007

Obrigado

Todos os dias ao longo da nossa vida são importantes., só assim faz sentido viver. A diferença entre aqueles que ficam na nossa memória por muitos e muitos anos, pelos melhores ou piores motivos, são a maneira como nos marcam. E isso, penso que nem todos nos marcam da mesma maneira.
Hoje faço 18 anos. E por isso, quis reunir-me com todas as pessoas que ao longo destes 18 anos foram importantes para mim. A melhor prenda que me podiam dar era estarem ali, comigo. E foi isso que vos tentei dizer. Era isso que queria que soubessem. Do fundo do meu coração. Infelizmente nem todas as pessoas que me marcaram ao longo destes anos poderam estar presentes, uns porque não poderam, outros porque a vida levou a que perdessemos contactos e escolhessemos caminhos diferentes e outros que infelizmente já não estão entre nós.
E porque a vida é feita destas pequenas coisas, e porque só assim merece a pena,
obrigado pessoal.

Wednesday, February 28, 2007

Como eu gosto de ti

para uma pessoa que não gosta nada de mim, mas de quem eu gosto muito.. :D


Tambem... Gosto de ti de uma maneira especial e,
às vezes erro mas tu sabes que é normal mas
só tu me excitas, me xateias, irritas, evitas e complicas,
mas no fundo acreditas que,
só tu me amas na cama me chama que eu apago-te a chama
e assim evitas drama
gosto do teu andar e da forma como me tocas
a tua boca e a maneira como sufocas,
dos teus cabelos e o cheiro do teu champoo
o brilho do teu battom e como meches dom G...
não fiques triste, tens um lugar aqui
e essa é uma das maneiras que o nigga gosta de ti
Como eu posso não gostar? Gostar de ti..
Quando todos os dias, eu penso em ti
E tu tens um lugar, especial aqui
Porque ninguem é igual, igual a ti
Fofa, não te aflijas, que eu estou apenas em concertos
A fazer o meu trabalho, assim que poder estarei por perto, certo?
Quantas outras foram apenas apertos
Beijos meus indescretos, sem intenções por perto, certo?
Gosto de ti e tu és especial mulher
algo doce de se ver, podes confiar a valer babe,
perto de mim só tu me concengues aquecer
arrepiar, enlouquecer, é a verdade que te tenho de dizer babe,
és a única que dou real valor,
sensível como uma flor e quando falho causo-te ardor babe,
sem querer mas não guardes é rancor
sei que queres deter amor mas não chores por favor, babe...
Como eu posso não gostar? Gostar de ti..
Quando todos os dias, eu penso em ti
E tu tens um lugar, especial aqui
Porque ninguem é igual, igual a ti
gosto de ti de uma maneira especial
ás vezes erro mas tu sabes que é normal
todos os dias eu penso nos bons momentos
boas lembraças ficam no meu pensamento
Eu adoro o teu andar, eu amo o teu charme,
e quando passas o teu cheiro acciona em mim todos os alarmes
a culpa é da saia da blusa para mim abusas
mas tusa quanto recusas, eu sofro quando comigo cruzas,
e quando encostas eu paralizo, hipnotizo,
sinto-me completamente perdido no teu sorriso
e essa é a única lírica explicação
tento perceber se é apenas física atracção
dou por mim a pensar em ti em todo o momento,
quanto mais tento mais te tenho cá dentro
e tú agiste como um ladrão,
porque entras-te sem avisar e roubas-te o meu coração..
como eu posso não gostar? Gostar de ti..
Quando todos os dias, eu penso em ti
E tu tens um lugar, especial aqui
Porque ninguem é igual, igual a ti

dias de luta, Dias de glória

Canto minha vida com orgulho
Na minha vida tudo acontece
Mas quanto mais a gente rala, mais a gente cresce
Hoje estou feliz porque eu sonhei com você
E amanhã posso chorar por não poder te ver
Mas o seu sorriso vale mais que um diamante
Se você vier comigo, aí nós vamos adiante
Com a cabeça erguida e mantendo a fé em Deus
O seu dia mais feliz vai ser o mesmo que o meu
A vida me ensinou a nunca desistir
Nem ganhar, nem perder mas procurar evoluir
Podem me tirar tudo que tenho
Só não podem me tirar as coisas boas que eu já fiz pra quem eu amo
E eu sou feliz e canto e o universo é uma canção e eu vou que vou
História, nossas histórias
Dias de luta, dias de glória
Oh minha gata, morada dos meus sonhos
Todo dia, se pudesse eu estar com você
Já te via muito antes nos meus sonhos
Eu procurei a vida inteira por alguém como você
Por isso eu canto a minha vida com orgulho
Com melodia, alegria e barulho
Eu sou feliz e rodo pelo mundo
Sou correria mas também sou vagabundo
Mas hoje dou valor de verdade pra minha saúde, pra minha liberdade
Que bom te encontrar nessa cidade
Esse brilho intenso me lembra você
História, nossas históriasDias de luta, dias de glória
Hoje estou feliz, acordei com o pé direito
E vou fazer de novo, vou fazer muito bem
Sintonia, telepatia, comunicação

Sunday, February 25, 2007

Educação

O semanário SOL na edição desta semana, na página 15, publica uma notícia com o título: "Guerra à Educação Física", que de um modo simplista, dá conta da revolta de pais e professores acerca do peso da disciplina de Educação Física na entrada para a Universidade e para a média do aluno: vale tanto como Português, Matemática, Economia, Literatura, etc.. A questão que se coloca é simples: "Será justo um aluno com média de 19, que é brilhante a matemática, que é fantástico a biolgia e a química, não entrar em medicina porque não sabia jogar volley nem andebol? Não sei desde quando a aptidão física de um médico deve de constar nos seus parâmetros de avaliação, mas quem diz um médico, diz um físico, um informático, um jornalista, um economista...
Mas eu percebo o que o Ministério da Educação tentou fazer aqui (ao contrário da inclusão de disciplinas como Área de Projecto), e a perspectiva foi a seguinte: eu arriscaria a dizer que 80% dos jovens vêm nas aulas de Educação Física o único sítio onde practicam desporto durtante toda a semana. E isto é grave, ainda para mais se tivermos em conta que a obesidade é um dos mais graves problemas que atromenta as sociedades ditas desenvolvidas e uma das grandes guerras, que quanto a mim, a Humanidade terá de travar ao longo deste século.
Como vinha sendo feito até aqui, até ao ano passado, a disciplina de Educação Física practicamente não contava para nada: os alunos tinham falta, mas a nota era simplesmente para "brincar" uma vez que bastava ter positiva. O que acontecia, está bom de ver: o desinteresse pela para aquela aula era grande, e como sempre acontence nestas ocasiões, quem devia de mais se esforçar nestas aulas - entenda-se pessoas com menor aptidão física - frequentemente não compareciam nas aulas, e tendo nota positiva, não vinha mal ao mundo por isso.
Como forma de combater este cenário o Ministério pensou que tinha resolvido um problema: contando para nota, os alunos iriam para a aula sob pena de a nota (agora importante) não lhes permitir uma entrada na faculdade e metiam a juventude a practicar desporto - o que tendo em conta os índices de obesidade e os hábitos de alimentação do nosso povo, seria uma mais valia. Até aqui, tudo muito bem, não poderia estar mais de acordo. O problema começa quando há alunos que têm a sua média ameaçada (apesar dos dados indicarem que são uma minoria, porque na maioria, segundo dados desta mesma notícia, favorece os jovens) e os cursos a que se propõem nada tem a ver com Educação Física. Não é justo para quem se esforçou muito durante os três anos não ter a nota necessária para o curso que pretendeu porque simplesmente não sabia fazer flexões.

Wednesday, February 21, 2007

Florbela Espanca

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...

Além mar!

"Cumpriu-se o mar"

Fernando Pessoa

Tuesday, February 20, 2007

FCP x Chelsea

"Quando eu treinava o FC Porto sonhava ser um dos melhores (treinadores do mundo). Hoje sou-o!"

José Mourinho, esta tarde, na conferência de imprensa que serviu de antevisão para o FCP x Chelsea de amanhã à noite, para a Champions League.

Monday, February 19, 2007

Sempre que te vejo...

Perco dias a pensar
No que te hei-de dar
Mas no fundo eu sei que
Tenho de parar
Fico sempre a olhar
Para o teu mundo e a sonhar
Como seria se eu
Pudesse te beijar
Eu não sei se quero acordar
Deste sonho que me faz vibrar
Oh oh sempre que te vejo
Oh oh sinto o desejo
Oh oh sempre que te vejo
Eu sinto...
Teu olhar faz-me temer
No fundo sei que não te posso ter
Então fico aqui
A escrever a escrever
Esta carta é para ti
P'ra saberes que eu não esqueci
Esse sorriso
Que eu perdi que eu perdi
Eu não sei se quero acordar
Deste sonho que me faz vibrar
Oh oh sempre que te vejo
Oh oh sinto o desejo
Oh oh sempre que te vejo
Eu sinto...
Este sonho não tem fim
Quando olhas para mim
Só quero ficar aqui
Nas memorias de um sorriso
Que p'ra sempre está perdido
Eu não paro de pensar
Yeah yeah
Eu sempre digo esta vez eu vou parar
Yeah yeah
Mas não consigo deixo-me sempre levar
Com a vontade de te conquistar
Oh oh sempre que te vejo
Oh oh sinto o desejo
Oh oh sempre que te vejo
Oh oh sinto o desejo
Oh oh sempre que te vejo
Oh oh sinto o desejo
Sempre que te vejo

Sunday, February 18, 2007

Desfile - foto 1


Saturday, February 17, 2007

Burocracias & companhia

A edição de hoje do Correio da Manhã, fala do caso de um suspeito de violação ter sido obrigado a fazer um teste de ADN contra a sua vontade. A história resume-se em poucas palavras: o suspeito foi detido e o juíz indicou que lhe deveria ser feito um teste de ADN para comparar com o existente no corpo da vítima aquando da violação. O suspeito recusou-se a fazer e o médico não o fez, ao abrigo do seu código deontológico (que diz que não pode fazer um exame médico a quem se recuse a fazê-lo). O juíz, em resposta, mandou dois agentes da polícia judiciária abrirem-lhe a à força, contornando assim o código deontológico que o médico defendia e contornando assim a vontade do suspeito.
E posto isto, gerou-se a discussão: que legitimidade tem o juíz e a justiça para ordenar a execução deste teste? Será legal? Será legítimo?
Na minha opinião, sim. Mas isto levanta um problema pós-exame que resfria algum comentário menos pensado aquando da primeira reflexão: e se o exame do ADN do suspeito não corresponder ao que estava no corpo da vítima? Contra este argumento, podemos dizer que a sua atitude é, no mínimo, suspeita. Se me acusassem de um crime da qual eu estivesse inocente, seria o primeiro a sugerir todos os testes possíveis para comprovar a minha inocência - esse não é o caminho seguido pelo suspeito, o que há partida nos indica que pode ter algo a esconder. Noutra prespectiva, penso que a justiça deve de poder usar todos os elementos que estejam ao seu dispor para comprovar a culpa ou inocência de qualquer suspeito.
Na mesma edição, um advogado foi inquirido sobre este tema e a sua resposta foi clara: a nossa lei proibe a execução de qualquer teste médico à força. Perante isto, a ser verdade, leva-me a colocar uma interrogação e a deixar uma certeza: a certeza é que protege quem age de má fé perante a investigação. A pergunta é: as leis não deveriam de servir para proteger a vítima?

Thursday, February 15, 2007

Ensaio - Foto 3


Ensaio - Foto 2


Ensaio - Foto 1


Sunday, February 11, 2007

Primeiras previsões

AS primeiras sondagens apontam para uma esperada vitória do sim, com um resultado não vinculativo. À medida que se vão sucedendo nas televisões directos das sedes de campanha dos partidos e das sedes de campanha dos movimentos cívicos, entre sorrisos brancos e amarelos, Portugal ficou hoje a fazer parte dos países da união europeia que despenalizaram o aborto, no nosso caso, até às 10 semanas.
Uma palavra à abstenção, que apesar de ser mais de 10% inferior à do referendo de 1998, regista valores a rondar os 54%, não tornando o resultado, mais uma vez, vinculativo. Ao contrário do que dizia António Vitorino, comentador político, à pouco no especial da TVI, não me posso sentir satisfeito com este valor. Porque cada vez que a abstenção ganha umas eleições, ou um referendo, antes de uma vitória de uma causa ou de um partido, está uma derrota da democracia: e neste caso, perdeu o instituto do referendo.

Sunday, February 04, 2007

Obrigado

O texto que publiquei no meu anterior post, enviei por mail para a redacção de A BOLA. Só um louco faria isto: escrever um texto a felicitar um jornal de renome europeu e publicar no seu ranhoso blog, e pior, mostrar aos destinatários que o tinha feito.
Mas, hoje, ao ir ao meu mail alguns dias depois, deparo-me com uma resposta. E vou publicá-la aqui:



Caro Diogo:

O meu colega João Bonzinho leu com atenção o simpático e-mail que nos enviou e mostrou-mo. Quero dizer-lhe que o director também o leu e ficou sensibilizado, embora o Diogo não tenha acertado na morada dele (a correcta é
vserpa@abola.pt);-)

É este tipo de alento que nos faz tentar ser todos os dias um bocadinho melhores. Não quer dizer que o consigamos, mas creia que tentamos. Por si e por todos os nossos outros milhares de leitores.

Agradeço, em nome da redacção e do director de A BOLA, as palavras que nos dirigiu. Conte connosco, nós continuaremos a contar consigo.

Boa sorte.

Alexandre PereiraEditor-chefe
apereira@abola.ptnunoal75@gmail.com






Obrigado ABOLA!

Monday, January 29, 2007

Parabéns

A BOLA hoje faz 62 anos. Antes do meu comentário, vou transcrever, na íntegra, o Editorial que hoje faz capa no referido jornal, escrito pelo seu director, Vítor Serpa:
"ABOLA cumpre, hoje, 62 anos. Não dizemos de idade, porque os jornais não têm idade. Podem ser velhos, sendo novos; podem ser novos, sendo velhos. Melhor seria que tivessem a idade de todos e de cada um dos seus leitores. Coisa impóssível, como se sabe, e, por isso, ABOLA tem procurado, mais do que ter, sempre, a idade do seu tempo, ir um pouco à frente desse tempo. Em cada tempo.
Tratamos de desporto, mas não só. A bissa visão do assunto desportivo sempre foi, é e será uma visão mais ampla, mais abrangente e mais inclusiva do desporto na sua vasta natureza política, social e económica. E tanto recusamos o desporto numa perspectiva suprema de onsessão de vida, como afrontamos essa moda ridícula e perversa de um preconceito intelectual que injustamente o subestima e lhe atribui uma desajustada menoridade cívica e moral.
Continuamos, pois, a ter a coragem de sermos nós a traçar o nosso próprio rumo, num tempo em que demasiados jornais defrontam a crise global da imprensa com a lastimosa oferta do sacríficio da sua dignidade e da sua liberdade.
Nós bem o sabemos. Impor um jornal livre, como A BOLA, tem custos. Provoca animosidades, incompreensões, insatisfações. Gera afrontas. Desperta invejas.
Permanece, porém, o respeito à solidez de carácter que um jornal sempre precisará de ter, sobretudo, quando a moda é dobrar a espinha e a alma. Não nos compremetemos, pois, com esse tempo. Preferimos seguir um pouco à frente, mais perto do futuro e, por isso, também temos crescido para além de Portugal, por essas terras que, no Mundo, falam a língua portuguesa, como bem dizia Pessoa, nossa verdadeira Pátria.
A BOLA tem, reconhecidamente, uma história, mais do que invulgar, única. A grandeza deste percurso de 62 anos é incomparável. É uma riqueza que todos nós, nesta casa, sabemos que não podemos esbanjar. É uma herança que não podemos trair.
A nossa noção de futuro é, afinal, essa certeza imensa que nunca haveremos, um dia, de chegar. O nosso destino é não ter destino algum. É, antes, esta viagem permanente. Esta viagem incessante. No tempo. Com os leitores deste tempo. Com os leitores de todos os tempos".
Não podia deixar passar esta data em claro, como outro dia qualquer. Simplesmente porque não é um dia qualquer. 62 anos é uma vida. Mas o tempo tem esta coisa estranha de não poder ser quantificado: não existe nem muito nem pouco tempo. Porque um instante é um intervalo de tempo infinitamente pequeno e o tempo é infinito. 62 anos podia não ser nada, sendo tudo. Podia ser tudo, não sendo nada.
Nos meus 17 anos de idade, pelo menos os últimos 9 passei a ler A BOLA. Um companheiro de todos os dias. Não se contam pelos dedos das mãos, o número de pessoas que me via com A BOLA debaixo do braço, ou no fundo da mochila depois de mais um intenso dia de aulas. Não se contam pelo número das mãos, as pessoas que faziam na sua cabeça, essa a minha imagem de marca.
Foi com o jornal A BOLA que ganhei um dos meus brinquedos mais maravilhosos de sempre. Um daqueles que marcam uma infância. Em 96 ofereceram miniaturas dos jogadores portugueses que iam a Inglaterra defender as nossas cores. Uns bonecos pequenos. Lembro-me de todos: do cabelo louríssimo do João Pinto, a passar pela cabeça em bico do Vítor Baía, sem esquecer o material maleável com que tinham feito o boneco do Oceano, o que dificultava metê-lo em pé. Contruiram-me umas balizas pequenas em ferro e eu brincava com os bonecos e uma pequena bola que inventei, em cima do tapete da sala, com umas linhas imaginárias. Inventava transferências com as notas que entretanto tirei do Monopoly. Ainda tenho este brinquedo. Acreditem que se pudesse, ainda hoje brincava com ele.
Ainda guardo as primeiras páginas de quando a morte levou Fehér. Preta, preta, preta, como aquela manha de 25 de Janeiro. Juntamente com esta, também guardo a primeira página de A BOLA de quando o meu Benfica foi novamente campeão. Mais do que papel, mais do que simples imagens ou simples folhas, são memórias. Memórias de uma vida, memórias de 62 anos.
Resta-me agradecer. Por tudo, e talvez por alguma ainda por alguma coisa mais.
Obrigado.

Leva-me contigo, na palma da tua mão!

Olho para tudo e tudo me faz chorar
Deixas-me mudo já não posso mais falar
Sei que estás confusa mas isso é normal
Para mim és uma musa, alguém muito especial
Já não te vejo há um dia para mim pareceu-me um mês
Já te disse o que sentia agora é a tua vez
Deixa-me voar quero sair daqui
Quero estar no teu lugar queria-te ter só a ti
Em ti estou seguro daqui não vou sair
Nem que atravesse o muro com o risco de cair
Não me largues mais eu não te quero perder
Tens de voltar ao cais que eu sem ti não sei viver
Já senti a plenitude não importa o que tinha feito
Eras a minha virtude nunca foste o meu defeito
Digo-te o que sinto não pareces entender
É verdade eu não minto tenho mesmo que te ver
Leva-me contigo na palma da tua mão
Que eu já não consigo pisar mais este chão
Leva-me para longe que eu não consigo andar
Quero estar contigo teu mundo é meu lugar
Acabaram-se as palavras que saíam de ti
Estivesses onde estavas eu sentia-te em mim
Abraça-me uma vez e outra a seguir
Abraços já são três já te estou a sentir
Não te quero enganar sentia-me tão bem
Quero-te olhar eu sem ti não sou ninguém
Podes prender-me em ti podes voltar a gostar
Diz-me o que é que fiz que eu tento mudar
Não suporto ver-te assim tu sentes-te culpada
Ponho a culpa em mim acho que foste pressionada
Tenta perceber não te sintas mal
Tenho que dizer que tudo em ti é especial
Uma pagina rasgada e arrancada pelo vento
Não penso em mais nada não me sais do pensamento
Estás em todo o lado nas paredes e no mar
Não quero ficar parado não te quero largar
Passa a noite e o dia sem que os sinta a passar
Tudo o que eu queria era o tempo a parar
Ficava sozinho talvez a pensar demais
Mas talvez é um caminho para atingir meus ideais
Leva-me contigo na palma da tua mão
Que eu ja não consigo pisar mais este chão
Leva-me para longe que eu não consigo andar
Quero estar contigo o teu mundo é meu lugar
Acabaram-se as palavras que saíam de ti
Estivesses onde estavas eu sentia-te em mim
Abraça-me uma vez e outra a seguir
Abraços já são três já te estou a sentir
Leva-me contigo na palma da tua mão
Que eu já não consigo pisar mais este chão
Leva-me para longe que eu não consigo andar
Quero estar contigo o teu mundo é meu lugar
Acabaram-se as palavras que saíam de ti
Estivesses onde estavas eu sentia-te em mim
Abraça-me uma vez e outra a seguir
Abraços já são três já te estou a sentir

Saturday, January 27, 2007

Heteronomologia

Fernando Pessoa foi-nos apresentado como o poeta mais "nosso" contemporâneo que haviamos estudado. A ideia parecia boa: afinal, todos os escritores que tinhamos estudado viveram há séculos. Quando me debrocei sobre as primeiras letras, as primeiras palavras, as primeiras ideias, a ideia inicial já não parecia assim tão boa. O "nosso" pessoa, um dos símbolos máximos da nossa literatura, um artista no seu estado mais puro (desculpem-me, mas eu acho que um artista que escreve completamente bebado, 30 e tal poemas numa única noite, fruto de uma inspiração que não se sabe muito bem donde, tem de ser um artista, acima de um louco, ponto final!) não era assim tão bom para mim quanto era apregoado. Adivinhava-lhe, então, um lugar na minha memória semelhante aquele que dei ao meu primeiro, último e único livro de António Lobo Antunes - e estou agora mesmo a olhar para ele na estante. Aliás, só a ideia de um homem se dividir em dezenas de heterónimos (apenas estudamos os 3 mais conhecidos) deixa libertar um pequeno sorriso. Sorriso de loucura, diria eu.
Ao longo do passar das aulas, das semanas, Alberto Caeiro começou a fazer sentido dentro de mim. Fazia sentido olhar para a Natureza e admirá-la. Fazia sentido não pensar. Sebem que ache que ele encontra uma negação à filosofia dentro da própria filosofia - que é por si só uma contradição (perdoável). Com ele se seguiram Álvaro de Campos e Ricardo Reis.
Tudo faria então sentido. Ele oferece a sua existência a outras pessoas que ele dentro da sua cabeça criou, como modelos, como utopias, de tudo aquele que ele gostaria de ter sido, por não suportar a sua própria existência.
E agora, se pensarmos bem, haverá assim tanta diferença entre criar heterónimos e embriagarmos-nos? Mas a primeira, meus amigos, não duvidem como eu duvidei: é arte!

Tuesday, January 23, 2007

Não.

Hoje acordei mais triste. Ainda.
Não te vi.
Não te reconheço o rosto, a voz nem tão pouco um sorriso.
Não sei quem és.
Mas sinto a tua falta. Infinitamente.

Saturday, January 20, 2007

Fernando Pessoa

O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...

Deixo-vos este fantástico poema de Fernando Pessoa, do qual não sou especialmente fã, mas confesso que este poema fascina-me. Aguardo as vossas opiniões :)

Thursday, January 11, 2007

lisboa-dakar

Elmer Symonds, a 50ª vítima do "lisboa-dakar"
A igraja católica teceu esta semana duríssimas críticas ao "Lisboa-Dakar", considerando esta mítica prova, dizendo inclusivamente que o "rasto de sangue tem aumentado ano após ano", numa referência a todas as 50 vítimas que esta prova já fez ao longo da sua história, que começou ou 1978.
Sem querer meter em causa esta enorme corrida no seu sentido desportivo, porque sem duvida que qualquer amante do desporto gosta de ver uma competição desta envergadura. E prova é, se tivesse de ser mostrada, os milhares de pessoas que se juntaram à partida dos carros de Lisboa e ao longo do percuros em todo o território nacional. Mas, na minha ignorante opinião, não posso conceber a ideia de um evento desportivo que dura 10 dias matar mais de 1 de concorrente por edição. Isto são números, são factos que comprovam que a prova não é segura, e a segurança de todos os intervenientes não está, de modo algum, assegurada. Os números comprovam isso. E neste número de 50, estamos apenas a contemplar participantes, não espectadores, senão a lista aumentaria muito.
Se é certo, quanto a mim, que o desporto de alta competição não é saudável, e está provado clinicamente que por exemplo os jogadores de grandes clubes de futebol ingleses não podem ter um organismo equilibrado naturalmente, pois a água que perdem em cada jogo e o tempo de repouso que têm, não é suficiente para o organismo voltar a repor a água perdida. E não é mentira que todos os clubes de alta competição tomam substâncias para melhorar os índices competitivos, e a simples diferença entre estes produtos e o dopping está apenas na sua ainda-não proibição. E é verdado, isto também não é desporto saudável.
A esta críticas, o director da prova de todo o terreno mais famosa do mundo, convidou o vaticano a vir ao terreno do lisboa-dakar, conhecer o que por lá se faz. É verdade que eles se esforçaram muito por melhorar a segurança, falaram com populações para os riscos de permanecer junto à "estrada", foram às escolas alertar os mais novos, e talvez tenham feito tudo o que estava ao seu alcance para evitar o sucedido. Ninguém duvida disso. Mas, a prova é de sí perigosa e tantas mortes certamente que não são fruto do acaso.

Que me desculpem os aficcionados das velocidades, mas não tem justifição a morte de um concorrente em qualquer evento desportivo. Para bem de todos nós, que adoramos o desporto.

Esta noite..

"... há uma frase de einstein que diz: deves de olhar para as coisas e fazer as perguntas que faria uma criança..."
Ricardo Araújo Pereira, esta noite, na "grande entrevista" com Judite de Sousa

Tuesday, January 09, 2007

Citação

"... educação é aquilo que fica, depois de se esquecer tudo o que se aprendeu..."
(Albert Einstein)

Sunday, January 07, 2007

A Fórmula de Deus

Nestes dias, acabei de ler o livro "A fórmula de Deus" de José Rodrigues dos Santos. À partida, para quem leu o anterior livro dele e conhece minimamente o seu trabalho, tem mais que crédito para que se pegue neste livro.
Ao seu estilo - que faz lembrar Dan Brown - este livro tem a mesma personagem principal do anterior: Tomás Noronha. O nosso mestre das mensagens cifradas (a profissão dele é justamente descobrir códigos antigos de palvras) vê-se envolvido numa trapalhada entre a América e o Iraque acerca de armamento nuclear. No meio disto, o importante era descobrir o que estava escrito num manuscrito deixado por Albert Einstein, que todos pensavam ser uma segunda fórmula de uma bomba nuclear de mais fácil e mais barta construção, mas não, eram um conjunto de evidências que para Einstein evidenciavam uma coisa: a existência de Deus.
Confesso que a tese apresentada deixou-me umas boas horas a pensar nisto. Se bem que na minha opinião não tem de haver uma prova científica de existência de Deus, pois é nesse acreditar (um tanto ou quanto injustificado) que reside a fé. E a fé, meus amigos, não tem de ser explicada: pelo simples facto que se for explicada, deixa de ser fé.
Passando aquilo que o livro defende, a prova da existência de Deus acenta em algumas ideias: de que houveram vários acontecimentos muito muito muito pouco prováveis que tiveram de acontecer em simultâneo para que hoje podessemos tar aqui. O livro explica bem que a probabilidade de todos os factores necessários (físicos, químicos, biológicos) terem condições para nos receber é infinitamente pequena. Aqui acenta o primeiro ponto.
Mas a matemática tem destas coisas: de ser tão precisa deixa um certo amargo de boca; um acontecimento infinitamente pequeno não é um acontcimento impossível. E eis que no fim do livro, a resposta final surge. Einstein no manuscrito que deixou, defende que existe uma intercecção entre a bíblia e a teoria do big bang. "Deus disse faça-se Luz: e a luz fez-se!"

Sunday, December 24, 2006

Feliz Natal


Feliz Natal a todos!


Tuesday, December 19, 2006

15/12/2006

Obrigado. Se o meu texto começasse de outra forma qualquer, estaria a ser injusto. Comigo, e com todos vocês. Eu acho que as ocasiões especiais não dependem necessariamente do local, mas sim da companhia. Aquilo foi uma ocasião especial. Pelas primeiras vezes os nossos professores foram nossos colegas, brincaram e festejaram connosco como se fossem um de nós. E eram. Depois da escola ter ficado para trás, não sei muito bem onde nem porquê, lançar uma azeitona ao colega da frente já não era lançar um projéctil, contar o número de pessoas já não era um cálculo Matemático e estarmos ali já não era alvo de reflexões Filosóficas nem de qualquer outro fenómeno da Biologia.
Tempo ainda para recordar que as feias também fazem anos. Fui pesquisar mais um pouco sobre "feias" e disseram-me que também não são imortais. Ainda bem. E espero que não falte muito para esta menina esticar o pernil e eu respirar de alívio. :)
Mais uma vez, obrigado a todos por estarem lá e por fazerem parte de mim. Obrigado.

Friday, December 15, 2006

Flutuo..

Flutuo, consigo deslindar o meu gosto sem esforço
Balanço é o que a maré me dá e eu não contesto
O meu destino está fora de mim e eu aceito
Sou eu despida de medos e culpas, confesso

Hoje eu vou fingir que não vou voltar
Despeço-me do que mais quero
Só para não te ouvir dizer que as coisas vão mudar
amanhã

Flutuo, consigo deslindar o meu gosto sem esforço
Balanço é o que a maré me dá e eu não contesto
Amanhã, pensar nisso sempre me dá mais jeito
Fazer de mim pretérito mais que perfeito

Hoje eu vou fingir que não vou voltar
Despeço-me do que mais quero
Só para não te ouvir dizer que as coisas vão mudar
amanhã, amanhã

Hoje eu vou fugir para não me dar a vontade de ser tua
Só para não me ouvir dizer que as coisas vão mudar
amanhã, amanhã, amanhã
Flutuo


Mais uma letra magnífica que gostaria de partilhar com vocês. Para verem o videoclip acessem o site oficial da cantora Susana Félix. Ah e voltem a ouvir a música uma e outra vez. Merece a pena.

Wednesday, December 13, 2006

www.euvotosim.org

O aborto volta à discussão pública, e de agora em diante a discussão vai certamente subir de tom entre os "partidários" de cada opção. Mas o assunto é polémico, complicado e é preciso muito cuidado com a sua análise. Na sequência de um post que já fiz há algum tempo, sobre este mesmo assunto, hoje surgiu a oportunidade de o voltar a fazer. Neste sentido, o Movimento Social Liberal colocou online esta quarta-feira o site www.euvotosim.org de modo a divulgar a sua mensagem e o seu ponto de vista. Recomendo vivamente que o leiam, porque as boas opiniões não têm necessariamente de serem subescritas por cada indíviduo, mas têm, isso sim, de ser fundamentadas.
Como tal, fica a minha sugestão para acederem ao site, lerem e deixaram a vossa opinião no vosso comentário. A minha opinião está uns posts mais abaixo.

Tuesday, December 12, 2006

"Porque sim"

Para mim o dia hoje acordou atrasadamente tarde. Ainda os olhos não tinham ousadia para espreitar a luz do Sol que entrava pelo meu mundo a dentro, já os meus ouvidos abanavam com uma criança a brincar. Para ela, o dia tinha começo há pelo menos uma hora. Para mim, começara naquele instante. Neste momento, descobri que o sol quando nasce, afinal, não é para todos: depende do amor que tens à tua cama.
O mundo lá fora apresentava-se frio. Dentro daquele mar de lençóis tudo me parecia distante. Não sei porquê, mas tudo estava infinitamente longe, apesar de estar a dois passos dali. Afinal, porque tinha eu de sair do meu mundo pequeno e quentinho, para um mundo desconhecido e frio? "Para seres alguém" diram uns, "Para ires à escola" diram outros e "Para lutares mais um dia" diram ainda outros que nao estes dois últimos. Eu prefiro pensar porque sim. Simplesmente porque sim. Afinal, para quê entrar naquele mundo de suposições? Responder "Porque sim" não simplifica infinitamente mais as coisas? Então se simplifica, para quê tentar arranjar outra explicação? Porque sim.

Sunday, December 10, 2006

Practicamente

Se durante o processo de construcção
o autor vos remeter para uma estrutura quase demente,
é porque foi usado mais por demais coração,
condição abosoluta do limiar do obstinadamente.
Esculpindo frases ao sabor da inspiração
revestidas por um minimal batida envolvende,
construindo fortalezas medalhadas de emoção
provocando aqui e ali a moralidade vigente.
Se de repente o sonho ganhar asas de vulcão
derramando palavras e punhais... principalmente,
querendo seguramente mais que uma audição,
que é... por vezes não existe, mas sim auilo que se precente,
apos longa e repetidas noites de agitação, o resultado surge... emergente,
vai-se a permanente inquietação,
Entretanto, sobretudo... practicamente!


"Practicamente" é o novo album de Sam The Kid, que tem esta magnífica entrada. Hip hop é arte.

Magia!


Sunday, December 03, 2006

A Carta

Não falei contigo
Com medo que os montes e vales que me achas
Caíssem a teus pés...
Acredito e entendo
Que a estabilidade lógica
De quem não quer explodir
Faça bem ao escudo que és...

Saudade é o ar
Que vou sugando e aceitando
Como fruto de verão
Nos jardins do teu beijo...
Mas sinto que sabes que sentes também
Que num dia maior serás trapézio sem rede
A pairar sobre o mundo
Em tudo o que vejo...
É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago feiticeiro
Que a minha bola de cristal é folha de papel
Nela te pinto nua, nua
Numa chama minha e tua.

Numa chama minha e tua
Desconfio que ainda não reparaste
Que o teu destino foi inventado
Por gira-discos estragados
Aos quais te vais moldando...
E todo o teu planeamento estratégico
De sincronização do coração
São leis como paredes e tectos
Cujos vidros vais pisando...

Anseio o dia em que acordares
Por cima de todos os teus números
Raízes quadradas de somas subtraídas
Sempre com a mesma solução...
Podias deixar de fazer da vida
Um ciclo vicioso
Harmonioso ao teu gesto mimado
E à palma da tua mão...
É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago feiticeiro
Que a minha bola de cristal é folha de papel
Nela te pinto nua, nua
Numa chama minha e tua.
Numa chama minha e tua.

Desculpa se te fiz fogo e noite
Sem pedir autorização por escrito
Ao sindicato dos deuses...
Mas não fui eu que te escolhi.
Desculpa se te usei
Como refúgio dos meus sentidos
Pedaço de silêncios perdidos
Que voltei a encontrar em ti...
É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago feiticeiro......nela te pinto nua, nua
Numa chama minha e tua.
Numa chama minha e tua.

Ainda magoas alguém
O tiro passou-me ao lado
Ainda magoas alguém...
Se não te deste a ninguém
Magoaste alguém
A mim... passou-me ao lado.
A mim... passou-me ao lado.



Dir-me-ão vocês que esta já tem barbas. Dir-vos-ei eu que sim. Mas com uma letra destas, ouvir esta música nunca é demais. Não é verdade?