Sunday, February 25, 2007

Educação

O semanário SOL na edição desta semana, na página 15, publica uma notícia com o título: "Guerra à Educação Física", que de um modo simplista, dá conta da revolta de pais e professores acerca do peso da disciplina de Educação Física na entrada para a Universidade e para a média do aluno: vale tanto como Português, Matemática, Economia, Literatura, etc.. A questão que se coloca é simples: "Será justo um aluno com média de 19, que é brilhante a matemática, que é fantástico a biolgia e a química, não entrar em medicina porque não sabia jogar volley nem andebol? Não sei desde quando a aptidão física de um médico deve de constar nos seus parâmetros de avaliação, mas quem diz um médico, diz um físico, um informático, um jornalista, um economista...
Mas eu percebo o que o Ministério da Educação tentou fazer aqui (ao contrário da inclusão de disciplinas como Área de Projecto), e a perspectiva foi a seguinte: eu arriscaria a dizer que 80% dos jovens vêm nas aulas de Educação Física o único sítio onde practicam desporto durtante toda a semana. E isto é grave, ainda para mais se tivermos em conta que a obesidade é um dos mais graves problemas que atromenta as sociedades ditas desenvolvidas e uma das grandes guerras, que quanto a mim, a Humanidade terá de travar ao longo deste século.
Como vinha sendo feito até aqui, até ao ano passado, a disciplina de Educação Física practicamente não contava para nada: os alunos tinham falta, mas a nota era simplesmente para "brincar" uma vez que bastava ter positiva. O que acontecia, está bom de ver: o desinteresse pela para aquela aula era grande, e como sempre acontence nestas ocasiões, quem devia de mais se esforçar nestas aulas - entenda-se pessoas com menor aptidão física - frequentemente não compareciam nas aulas, e tendo nota positiva, não vinha mal ao mundo por isso.
Como forma de combater este cenário o Ministério pensou que tinha resolvido um problema: contando para nota, os alunos iriam para a aula sob pena de a nota (agora importante) não lhes permitir uma entrada na faculdade e metiam a juventude a practicar desporto - o que tendo em conta os índices de obesidade e os hábitos de alimentação do nosso povo, seria uma mais valia. Até aqui, tudo muito bem, não poderia estar mais de acordo. O problema começa quando há alunos que têm a sua média ameaçada (apesar dos dados indicarem que são uma minoria, porque na maioria, segundo dados desta mesma notícia, favorece os jovens) e os cursos a que se propõem nada tem a ver com Educação Física. Não é justo para quem se esforçou muito durante os três anos não ter a nota necessária para o curso que pretendeu porque simplesmente não sabia fazer flexões.

2 Comments:

At 3:15 PM, Blogger semínima* said...

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At 3:15 PM, Blogger semínima* said...

Ainda por cima existem pessoas como uma rapriga chamada Beatriz, não sei se conheces, que por mais que se esforce e compareça nas aulas, não faz flexões nem tem mais de 15 na pauta.

xD

(n sou exemplo de obesidade Ok??)

*
de acordo ctg ;)

 

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