Wednesday, May 23, 2007

Directamente do "deserto"

O Ministro das obras públicas, disse, esta tarde, num almoço promovido pela ordem dos Economistas para falar sobre a OTA, que a Margem Sul é um "deserto", não existindo, segundo o Mário Lino, "escolas e hospitais" nesta zona do país.
Acho que deixar só o primeiro parágrafo deste texto, diria tudo. Mas mesmo assim, vou dar-me ao trabalho de comentar esta afirmação.
O desenvolvimento da margem sul é notório. Tem das maiores superfícies comerciais do país e tem igualmente alguns dos maiores projectos de desenvolvimento de transportes. Almada, Barreiro, Seixal, Montijo, são importantíssimos centros urbanos, onde milhares de pessoas migram diarimente para exercerem a sua actividade laboral para lá do rio que nos separa da capital. O crescimento populacional, fez com que as pessoas à alguns tempos atrás procurassem viver para fora de lisboa, em sítios de acesso fácil a lisboa (onde tinham os seus empregos) mas habitações relativamente mais baratas. E foi assim que estes centros cresceram e se desenvolveram exponencialmente, sendo hoje das áreas mais populosas do país. Inclusivamente o Barreiro, que durante tantos anos teve um importantíssimo pólo industrial, a Quimigal.
Um fraco conhecimento da realidade, burrice, improdência, não sei de como pegar para "justificar" estas palavras. Agora, que seja tomada uma posição por parte da junta metropolitana de Lisboa, presidida pelo autarca do Barreiro, Carlos Humberto. Exigimos uma explicação, um pedido de desculpas ou um esclarecimento. E penso que estamos disponíveis para mostrar ao Sr. Ministro, a Margem Sul.

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