Saturday, October 21, 2006

Língua Portuguesa

O tema proposto era já de sí complicado, abstracto. Tão abstracto que quase lhe conseguia tocar, quase o conseguia sentir. Mas mesmo assim não sei se o vi, não sei se era mesmo ele, ou se o deixei escapar por entre os dedos das minhas mãos. Talvez nunca o tenha tido, talvez nunca o tenha encontrado. Talvez nunca ninguém o tenha encontrado. Não sei, talvez. Mas, como um dia Alguém (atenção "Alguém") disse, vou eternamente buscar e conseguir a prefeição das coisas.
E no meio deste pensamento, foi assim que surgiu este texto que fiz na aula de Português de sexta feira, subordinado ao tema, sonhos/realidade.
Ora cá vai:
Uma viagem da alma, vai daqui ao coração e não nos leva a lado nenhum. O problema, pode ser, fazer juntar essa mesma alma ao nosso corpo, tão cheia de ilusões e sonhos que ganhou noutras longínquas palavras.
Quando sonhamos, entenda-se, quando a nossa alma se enche de utopias, de sonhos irrealizáveis ou de ideias perdidas, somos felizes. Porque a alma, não faz distinções, não faz escolhas, não tem limites. Podía-mos quase dizer que quando somos crianças somos todo alma, pois, como diz António Lobo Antunes, nessa altura era feliz pois não conhecia a realidade.
À medida que o sonho se desvirtua, que nos cansamos de pensar, é sinal que a nossa alma está a entrar no nosso corpo. No mesmo corpo que permanece imóvel e impotente perante o conhecimento e a realidade. Durante o processo, tudo o que a alma carrega que não cabe na realidade, fica de fora. Apercebemos-nos, por "magia", que a felicidade foi umas das partes que da alma que não coube no nosso corpo. Começa a anoitecer, o Sol já não brilha tão alto.
Quando o corpo "acorda", findo mais um sonho, tem de se virar para a pouca alma que tem dentro de sí. Da felicidade, nada mais resta que uma lembrança, talvez.
Diogo Jesus

1 Comments:

At 8:55 PM, Blogger semínima* said...

pois.. já conhecia...


parece k m juntei a comunidade dos blogs

* beijinho

 

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