Felicidade
O alcance da felicidade é uma utopia, que de certa forma nos alimenta. De outra forma, a vida perderia o seu sentido.
Como diria António Lobo Antunes, para ser feliz teria de voltar à infância, pois aí o seu desconhecimento do mundo e a sua incapacidade de pensar o tornavam felizes. Ou como diria Cesário Verde "E se eu não morresse nunca! E eternamente buscasse e conseguisse a perfeição das coisas!" dá-nos a ideia clara de que a perfeição é, por sí só, inatingível. É a procura de algo abstracto, sem definição certa, pois muda de pessoa para pessoa, acreditamos nós na nossa fé inabalável de a conseguir.
O pior de tudo isto, secalhar é pensar que a Felicidade diariamente acorda debaixo do nosso nariz, e está presente em tudo o que fazemos, mas discretamente para não ser apanhada. Talvez ela esteja mesmo naquele pequeno sorriso, naquela pequena palavra ou naquele grande momento. Talvez a ânsia de ver o grande, nos cegue do pequeno.
Podemos concluir que este cenário idílic nada mais é que um reflexo da nossa mente, de algo que talvez tenhamos dito em crianças, mas deixámos escapar, ironicamente por desconhecimento, por entre os dedos da nossa mão.
O meu texto de reflexão a Português.
1 Comments:
Andas Inspirado... Muito bom o texto.
Abraço
Post a Comment
<< Home