Sunday, December 24, 2006

Feliz Natal


Feliz Natal a todos!


Tuesday, December 19, 2006

15/12/2006

Obrigado. Se o meu texto começasse de outra forma qualquer, estaria a ser injusto. Comigo, e com todos vocês. Eu acho que as ocasiões especiais não dependem necessariamente do local, mas sim da companhia. Aquilo foi uma ocasião especial. Pelas primeiras vezes os nossos professores foram nossos colegas, brincaram e festejaram connosco como se fossem um de nós. E eram. Depois da escola ter ficado para trás, não sei muito bem onde nem porquê, lançar uma azeitona ao colega da frente já não era lançar um projéctil, contar o número de pessoas já não era um cálculo Matemático e estarmos ali já não era alvo de reflexões Filosóficas nem de qualquer outro fenómeno da Biologia.
Tempo ainda para recordar que as feias também fazem anos. Fui pesquisar mais um pouco sobre "feias" e disseram-me que também não são imortais. Ainda bem. E espero que não falte muito para esta menina esticar o pernil e eu respirar de alívio. :)
Mais uma vez, obrigado a todos por estarem lá e por fazerem parte de mim. Obrigado.

Friday, December 15, 2006

Flutuo..

Flutuo, consigo deslindar o meu gosto sem esforço
Balanço é o que a maré me dá e eu não contesto
O meu destino está fora de mim e eu aceito
Sou eu despida de medos e culpas, confesso

Hoje eu vou fingir que não vou voltar
Despeço-me do que mais quero
Só para não te ouvir dizer que as coisas vão mudar
amanhã

Flutuo, consigo deslindar o meu gosto sem esforço
Balanço é o que a maré me dá e eu não contesto
Amanhã, pensar nisso sempre me dá mais jeito
Fazer de mim pretérito mais que perfeito

Hoje eu vou fingir que não vou voltar
Despeço-me do que mais quero
Só para não te ouvir dizer que as coisas vão mudar
amanhã, amanhã

Hoje eu vou fugir para não me dar a vontade de ser tua
Só para não me ouvir dizer que as coisas vão mudar
amanhã, amanhã, amanhã
Flutuo


Mais uma letra magnífica que gostaria de partilhar com vocês. Para verem o videoclip acessem o site oficial da cantora Susana Félix. Ah e voltem a ouvir a música uma e outra vez. Merece a pena.

Wednesday, December 13, 2006

www.euvotosim.org

O aborto volta à discussão pública, e de agora em diante a discussão vai certamente subir de tom entre os "partidários" de cada opção. Mas o assunto é polémico, complicado e é preciso muito cuidado com a sua análise. Na sequência de um post que já fiz há algum tempo, sobre este mesmo assunto, hoje surgiu a oportunidade de o voltar a fazer. Neste sentido, o Movimento Social Liberal colocou online esta quarta-feira o site www.euvotosim.org de modo a divulgar a sua mensagem e o seu ponto de vista. Recomendo vivamente que o leiam, porque as boas opiniões não têm necessariamente de serem subescritas por cada indíviduo, mas têm, isso sim, de ser fundamentadas.
Como tal, fica a minha sugestão para acederem ao site, lerem e deixaram a vossa opinião no vosso comentário. A minha opinião está uns posts mais abaixo.

Tuesday, December 12, 2006

"Porque sim"

Para mim o dia hoje acordou atrasadamente tarde. Ainda os olhos não tinham ousadia para espreitar a luz do Sol que entrava pelo meu mundo a dentro, já os meus ouvidos abanavam com uma criança a brincar. Para ela, o dia tinha começo há pelo menos uma hora. Para mim, começara naquele instante. Neste momento, descobri que o sol quando nasce, afinal, não é para todos: depende do amor que tens à tua cama.
O mundo lá fora apresentava-se frio. Dentro daquele mar de lençóis tudo me parecia distante. Não sei porquê, mas tudo estava infinitamente longe, apesar de estar a dois passos dali. Afinal, porque tinha eu de sair do meu mundo pequeno e quentinho, para um mundo desconhecido e frio? "Para seres alguém" diram uns, "Para ires à escola" diram outros e "Para lutares mais um dia" diram ainda outros que nao estes dois últimos. Eu prefiro pensar porque sim. Simplesmente porque sim. Afinal, para quê entrar naquele mundo de suposições? Responder "Porque sim" não simplifica infinitamente mais as coisas? Então se simplifica, para quê tentar arranjar outra explicação? Porque sim.

Sunday, December 10, 2006

Practicamente

Se durante o processo de construcção
o autor vos remeter para uma estrutura quase demente,
é porque foi usado mais por demais coração,
condição abosoluta do limiar do obstinadamente.
Esculpindo frases ao sabor da inspiração
revestidas por um minimal batida envolvende,
construindo fortalezas medalhadas de emoção
provocando aqui e ali a moralidade vigente.
Se de repente o sonho ganhar asas de vulcão
derramando palavras e punhais... principalmente,
querendo seguramente mais que uma audição,
que é... por vezes não existe, mas sim auilo que se precente,
apos longa e repetidas noites de agitação, o resultado surge... emergente,
vai-se a permanente inquietação,
Entretanto, sobretudo... practicamente!


"Practicamente" é o novo album de Sam The Kid, que tem esta magnífica entrada. Hip hop é arte.

Magia!


Sunday, December 03, 2006

A Carta

Não falei contigo
Com medo que os montes e vales que me achas
Caíssem a teus pés...
Acredito e entendo
Que a estabilidade lógica
De quem não quer explodir
Faça bem ao escudo que és...

Saudade é o ar
Que vou sugando e aceitando
Como fruto de verão
Nos jardins do teu beijo...
Mas sinto que sabes que sentes também
Que num dia maior serás trapézio sem rede
A pairar sobre o mundo
Em tudo o que vejo...
É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago feiticeiro
Que a minha bola de cristal é folha de papel
Nela te pinto nua, nua
Numa chama minha e tua.

Numa chama minha e tua
Desconfio que ainda não reparaste
Que o teu destino foi inventado
Por gira-discos estragados
Aos quais te vais moldando...
E todo o teu planeamento estratégico
De sincronização do coração
São leis como paredes e tectos
Cujos vidros vais pisando...

Anseio o dia em que acordares
Por cima de todos os teus números
Raízes quadradas de somas subtraídas
Sempre com a mesma solução...
Podias deixar de fazer da vida
Um ciclo vicioso
Harmonioso ao teu gesto mimado
E à palma da tua mão...
É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago feiticeiro
Que a minha bola de cristal é folha de papel
Nela te pinto nua, nua
Numa chama minha e tua.
Numa chama minha e tua.

Desculpa se te fiz fogo e noite
Sem pedir autorização por escrito
Ao sindicato dos deuses...
Mas não fui eu que te escolhi.
Desculpa se te usei
Como refúgio dos meus sentidos
Pedaço de silêncios perdidos
Que voltei a encontrar em ti...
É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago feiticeiro......nela te pinto nua, nua
Numa chama minha e tua.
Numa chama minha e tua.

Ainda magoas alguém
O tiro passou-me ao lado
Ainda magoas alguém...
Se não te deste a ninguém
Magoaste alguém
A mim... passou-me ao lado.
A mim... passou-me ao lado.



Dir-me-ão vocês que esta já tem barbas. Dir-vos-ei eu que sim. Mas com uma letra destas, ouvir esta música nunca é demais. Não é verdade?

Lua

Como está linda a lua esta noite. Agarro-a lentamente, e segredo-lhe ao ouvido que a amo. O meu pai ainda hoje conta-me, que quando era pequeno, queria a lua. Chorava, berrava, porque queria a lua. Hoje, muitas horas, muitos dias, muitos anos depois, ensinaram-me que a lua "não passa" de um satélite, que se mantém ali, porque exerce uma força sobre a terra, e porque a terra a puxa para sí. E sabem que mais? Ainda hoje quero a lua. É caso para dizer, que passado tantos anos, daquelas noites em que era pequeno e chorava para ter a lua, mudaram-se os tempos, é certo, mas não se mudaram as vontades.
E antes de ir viajar para onde quer quer seja, para bem longe daqui, agarrado à minha almovada, agarro-a lentamente, e segredo ao ouvido o quanto a amo. Mais uma vez.

Saturday, December 02, 2006

Chuva

Ontem deitei-me a ouvir a chuva. Apertei os meus sentidos contra a almofada e o meu pequeno mundo, entre estas quatro paredes, não a deixou entrar.
Aconselho vivamente a quem nunca adormeceu ao som da chuva, a exprimentar.
Para bem do peito. E de quem lá vive.

Friday, December 01, 2006

7 colinas


Esta noite, passei pela capital. Como estava linda a "minha" capital. Nas pessoas, o rebuliço normal, mas um sorriso especial. Quem vai dos barcos para o terreiro do paço, tem uma visão fantástica: ninguem pode ficar indiferente à árvore de natal. Fez o meu coração bater mais rapidamente e iluminou-me a alma. Mais do que os olhos, mais do que os lábios, mais do que o rosto, iluminou-me a alma.
Seguindo pela rua augusta, o cenário é lindíssimo. Lindas iluminações de anjos, que cruzam a rua numa imensidão de branco, luz e magia, e em cada uma das transversais, uma animação diferente. Cheirava a Natal. Para mim, cheirar a Natal é cheirar a castanhas. Vale sempre a pena ir a um sítio, andar o que for preciso, se for para comer castanhas. Sentei-me numa esplanada, e fiquei a admirar os transeuntes. Famílias inteiras levavam as suas crianças para contemplar a árvore, porque afinal o natal é das crianças, e intercalavam o interminável desfile de casais de namorados, que de mão dada tornavam-se um só.
O tempo não pára e lá segui também eu, o meu caminho. Para trás, ficava a árvore, os casais, as famílias, as crianças e pior que tudo, o cheiro das castanhas. É quase caso para dizer: "Tirem-me o tacto. Tirem-me a vista. Tirem-me o corpo. Porque se ainda for capaz de cheirar o cheiro das castanhas que custam dois euros e metade estão podres, ainda serei capaz de dizer que estou na capital. Na "minha" capital".